janeiro 08, 2013

A História do Quilling



O Quilling, também conhecido como filigrana em papel, é uma arte que como muitas outras, tiveram seus momentos de altos e baixos. O Quilling é uma forma de desenhos feitos de papéis, fitas de cetim e outros materiais.
            As provas mais concretas da sua origem são trabalhos de excelente qualidade que foram executados por religiosas francesas e italianas nos séculos 16 e 17. As religiosas decoravam relicários e gravuras sagradas, acrescentando toques dourados e muita ornamentação.
            A Associação francesa Trésors de Ferveur preserva relicários feitos nos séculos 17 e 18 e fazem parte da coleção de "Objetos de Fé". Essa associação mantém uma exposição itinerante de algumas dessas obras. Os trabalhos com as tirinhas de papel parecem realmente ouro e prata.
            A ligação religiosa com o Quilling foi mantida quando a arte foi difundida na Inglaterra com o desenvolvimento do papel. As Igrejas mais pobres produziam relicários, aos quais eram acrescentados gravuras dos santos referentes à relíquia na obra, totalmente enfeitados com Quilling.
            No passado esse trabalho era feito como lazer com a intenção de fazer objetos decorativos tais como: painéis e brasões. Mais tarde o trabalho era feito em latas de chá, caixas de madeira, biombos, armários, molduras, etc. Belíssimas caixas foram feitas nessa época apenas para receber essas artes de papel. O Quilling além de divulgado era um quesito a mais para internatos femininos, que anunciavam:
"... ele proporciona uma agradável diversão estimulando a criatividade da mente feminina e, ao mesmo tempo, proporciona o lazer de uma hora em inocente recreação..." (The New Lady's Magazine - 1786).
            Em 1875 foi feita uma tentativa de revitalizar o Quilling por Wm. Bemrose. Um kit chamado 'Mosaicon' foi produzido, juntamente com um manual. Outra referência foi descoberta em um livro intitulado "Floral Mosaicon". No artigo são mencionadas peças de Quilling adquiridas pelas Rainhas Mary e Alexandra.
            Muitos museus na Inglaterra e Estados Unidos mantêm expostos os trabalhos de Quilling feitos nos séculos passados.
            Uma das mais recentes observações feita por uma quiller, quando visitando a Capela Sistina, é observado que alguns painéis da Capela são totalmente feitos com Quilling. Indagando o responsável, foi informada que eram realmente trabalhos em Quilling e que normalmente as pessoas passam por ali e não observavam a sua beleza.
 Artistas da filigrana em papel expõem e tem seus trabalhos em galerias de arte nos Estados Unidos, Inglaterra, Coreia e Russia.
 Os papéis utilizados nos trabalhos de Quilling podem ser de varias gramaturas, cores e formatos. É um trabalho minucioso, que exige tempo e paciência, mas resulta grande estilo e charme. Apesar de pouco conhecido no Brasil, é um trabalho que exige criatividade e conta com artistas mundialmente conhecidos. A quiller Yulia Brodscaya nasceu na Rússia e mora na Inglaterra desde 2004. Seus trabalhos vão desde pintura têxtil, origami e colagem até as mais tradicionais técnicas artísticas. Nos seus trabalhos gráficos usados no marketing de lojas e produtos ela usa tirinhas de papel dando uma nova roupagem ao Quilling.
Artistas internacionais do Quilling:
Inna Dorman, Claire Choi, Neli e Nizelprim.

Entre os brasileiros mais conhecidos, temos:

Jéssica Bittencourt, Natilde, Nágela, Regina Ribeiro, Regina Lika Hanyuu.